quinta-feira, 10 de junho de 2010

Espelho


Espelho: s.m. Vidro polido e metalizado que reflete a luz e reproduz a imagem dos objetos colocados diante dele.

Não é de hoje que a prática de se olhar no espelho é um costume da sociedade. Tal ação revela que o que vestimos ilustra o modo que esperamos ser vistos e interpretados mundo a fora.

Muitas vezes, podemos dizer até que: “Somos o que vestimos”, pois a roupa, acessórios, carros, decoração e tudo que pode servir como uma linguagem visual, ou seja, são aqueles três primeiros segundos que fazemos um pré-julgamento sobre a imagem de alguém e sobre a informação que ela quer passar.

Mas não é só isso que esperamos quando nos deparamos frente ao espelho; fazemos também uma auto-interpretação com o intuito de criar uma identidade e assim, esperamos que as pessoas que nos vêem tenham a mesma opinião sobre nossa imagem ao nos olhar.

Tanto é que no fragmento de Machado de Assis mostra esses dois lados que podemos obter ao nos olhar no espelho; pois além de uma forma física refletida, também é possível enxergar um estado de espírito que estamos vivenciando no momento.

Esse fragmento citado acima se decorre em “Olhei e recuei. O próprio vidro parecia conjugado com o resto do universo; não me estampou a figura nítida e inteira, mas vaga e esfumada, difusa, sombra de sombra. A realidade das leis da física não permite negar que o espelho reproduziu-me textualmente, com os mesmos contornos e feições, assim deveria ter sido. Mas tal não foi minha sensação. Então, tive medo, atribuí o fenômeno à excitação nervosa em que andava; receie ficar mais tempo e enlouquecer”.


Assim, pode-se concluir que o ato de olhar no espelho não se resume apenas em vaidade ou para fins da imagem em si, mas também em contrapartida de uma atitude que vai muito além do que se vê, ou seja, permite que a pessoa se observe e tem a chance de se imaginar e poder concretizar uma idéia do que acham dela quando a observam e assim construir aquilo que se chama de identidade própria. O espelho devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.


Figura: http://symbolom.com.br/wp/?p=2512

O atleta noturno

A sociedade precisa trabalhar cada vez mais para poder sobreviver e ter uma vida com conforto. Desse modo, a vida das pessoas está cada vez mais corrida e quase não se tem tempo livre para a prática do exercício físico. Sendo assim, os trabalhadores que gostam de se exercitar acabam optando por fazê-lo antes ou depois do expediente.

O atleta noturno, ou melhor, aqueles que se exercitam no período noturno pelas ruas das cidades, seja com a prática da caminhada, corrida ou bicicleta, correm riscos quanto ao serem vistos (ou melhor, não serem vistos) pelos motoristas. É muito importante que os atletas se façam vistos, pois muitos acidente ocorrem em virtude do motorista não ter visto o ciclista ou pedestre.

Uma forma dos atletas fazerem com que sejam vistos é o uso de roupas com elementos refletivos, sejam estes feitos de tecido ou com estampa à base de tinta refletiva. Os ciclistas ainda têm a possibilidade de instalar retrorrefletores nas bicicletas.

Identidade x Reflexão da luz


Você deve estar pensando qual a relação que a percepção da identidade individual através do espelho com as roupas refletivas que os atletas noturnos devem usar como equipamento de proteção individual. O espelho reflete uma imagem. Os tecidos refletem luz. Em ambos os casos é necessário um feixe de luz que incide sobre a superfície para que o fenômeno de reflexão ocorra.

Quando um indivíduo olha na direção do espelho, ele vê a sua imagem reproduzida, e este é um momento de reflexão sobre sua própria identidade e a imagem que é passada para a sociedade. A identidade também pode ser vista através da retrorreflexão que ocorre com os equipamentos refletivos, pois quando a luz incide sobre a superfície, faz com que uma identidade seja notada. Aqui a identidade é tratada como um conjunto de características que se podem diferenciar e identificar pessoas; um ser que possui direitos e deveres. Em um caso específico, como dos atletas noturnos, direito à segurança, que é o principal objetivo da utilização de materiais refletivos.